Na praça santista que faz alusão a Zumbi dos Palmares (1655-1695), líder quilombola brasileiro, autoridades municipais e sociedade civil fizeram reflexões sobre a contribuição da comunidade negra ao País e ressaltaram a necessidade de combater o racismo e dar visibilidade à cultura africana.
Após a execução dos hinos Nacional e de Santos, pela banda da Polícia Militar, uma coroa de flores foi depositada junto ao busto em homenagem a Zumbi. A celebração ainda contou com apresentação de capoeira, comandada pelos mestres Márcio e Sombra, além de atrações musicais com as velhas guardas da União Imperial e X-9, Xire dos Orixas, Balé Afro, Tienda Companhia Romai e Afoxé Obalafin.
“Hoje é um dia de reflexão, mas também de comemoração, em que celebramos heróis nacionais negros, como Zumbi, e nosso saudoso prefeito Esmeraldo Tarquínio. Infelizmente o preconceito ainda existe na sociedade, sobretudo pela falta de conhecimento. O Brasil foi formado e construído por várias etnias”, ressaltou o prefeito Rogério Santos lembrando da importância histórica de Santos. “A nossa cidade é portuária e foi um dos berços de entrada para milhares de pessoas de todas as partes do mundo, inclusive do continente africano. Ficamos felizes por fazer parte dessa rica história”, completou. Presença frequente nas comemorações da data, a aposentada Helena Costa, 100 anos, filha de um dos fundadores do bairro do Macuco, também foi homenageada pelo chefe do Executivo.
A cerimônia na Praça Palmares contou com a presença da vice-prefeita e titular da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos (Semulher), Renata Bravo, do responsável pela Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial e Étnica (Copire) da Prefeitura, Ivo Miguel Santos, entre outras autoridades municipais.
DATA SIMBÓLICA
Acompanhada por dezenas de pessoas, a cerimônia também chamou a atenção de muitos munícipes. Uma que fez questão de acompanhar a celebração foi a aposentada Edna Gomes, 68 anos. Residente na Aparecida, ela disse que todos os anos participa de eventos alusivos ao Dia da Consciência Negra. Para ela, é uma data simbólica e os debates sobre questões raciais devem permanecer.
“O Dia da Consciência Negra é uma data simbólica e com um forte significado de respeito, porque somos todos iguais, independentemente da cor da pele. A luta do povo negro não deve ser lembrada apenas no dia 20 de novembro, mas durante todo o ano”, concluiu.
Esta iniciativa contempla o item 10 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Reduzir as Desigualdades. Conheça os outros artigos dos ODS.
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Com informações do R7