A Tailândia legalizou o cultivo e o consumo de maconha no ano passado, revertendo uma abordagem linha-dura de longas sentenças de prisão e até mesmo a pena de morte para delitos de drogas. Outros países da região seguiram a mesma abordagem punitiva, como as Filipinas. Na Tailândia, o que era antes vendido em pequenas lojas e cafés hoje é vendida abertamente todos os tipos de produtos de cannabis e exibem potes com flores de cannabis sativa. “Encontramos a erva em qualquer lugar”, afirma o correspondente internacional do Grupo Agora, Carioca de Suzano.
Com isso, a nova lei parece dar à Tailândia o que talvez seja a abordagem mais liberal do que em qualquer lugar do mundo. As pessoas podem cultivar e consumir o quanto quiserem da planta, embora haja limites para comercialização do produto. A mudança na política de drogas na Tailândia também tem relação com o mundo dos negócios. O governo local estima que o negócio gerará US$ 10 bilhões (mais de R$ 50 bilhões) em seus primeiros três anos, sem contar o turismo de cannabis, onde as pessoas vêm à Tailândia especificamente para terapias e tratamentos usando extratos de maconha.
Ao liberalizar a lei de forma tão rápida e completa, o governo espera tomar a dianteira em relação a seus países vizinhos, muitos dos quais ainda relutam em seguir o caminho aberto pela Tailândia.
Também houve uma reflexão sobre a abordagem linha-dura ao uso de drogas, que começou há sete anos, em uma época em que a Tailândia era governada por uma junta militar.
O país tem algumas das prisões mais superlotadas do mundo e três quartos dos presos estão detidos por delitos de drogas, muitos deles considerados crimes menores. Isso não apenas trouxe críticas internacionais às más condições em que os prisioneiros vivem, mas também custou dinheiro ao governo.
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