A Marinha do Brasil vai realizar um exercício militar no arquipélago de Alcatrazes, que fica a 35km do litoral de São Sebastião (SP). Entre os dias 16 e 17 de agosto será feito um bombardeio no local, que é considerado como “Galápagos do Brasil”, pela alta biodiversidade e por ter espécies endêmicas, ou seja, que só existem naquela localidade.
A decisão causou polêmica e ativistas e ambientalistas protestaram nas redes sociais.
O arquipélago conta com cinco ilhas diferentes e os exercícios deverão estar concentrados na Ilha da Sapata, que é a segunda maior. O uso militar desse ambiente começou durante o regime militar (1964-1985), com alguns tipos de treinamento. Em 2004, uma das atuações provocou um acidente quando um disparo ocasionou um incêndio que destruiu por volta de 20 hectares da ilha.
Durante o governo de Dilma Rousseff (PT), em 2013, a utilização militar foi banida e Alcatrazes foi declarado Refúgio de Vida Silvestre, sob proteção da própria Marinha, que no ano passado anunciou a volta dos exercícios militares.
Alcatrazes é o maior sítio reprodutivo das aves marinhas do Brasil, segundo publicações científicas. Abriga também a maior diversidade de peixes do país e especialistas acreditam que existam espécies que só existem nas ilhas do arquipélago e que ainda não foram catalogadas, sendo então, completamente desconhecidas.
Moradores e ativistas se uniram em um abaixo assinado contrário a utilização militar da Marinha.
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