A Polícia Civil investiga uma quadrilha suspeita de apagar 580 multas do sistema e desviar R$ 180 milhões do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP). As informações são da TV Globo.
A Polícia Civil fez um pedido de busca e apreensão nesta quinta-feira (23) na casa da suspeita de chefiar o esquema, na cidade de Salto, interior de São Paulo. A casa, que tinha piscina e vários cômodos, foi bloqueada e a polícia acredita que ela tenha sido comprada com dinheiro desviado.
A despachante de 35 anos tinha um acesso que somente os servidores importantes do órgão possuíam. O delegado responsável pelo caso, Fábio Daré, explicou que há duas alternativas para explicar como ela tinha acesso a estas senhas: por meio de um funcionário ou por quebra de senhas, que acontece quando algum computador é invadido por um programa espião.
A investigação começou há quatro meses quando um servidor do Detran foi procurado pela quadrilha e a despachante ofereceu dinheiro pela sua senha. Antes do encontro, o funcionário avisou a polícia, que prendeu a chefe do esquema em flagrante.
Como o esquema funcionava
O esquema começava quando um motorista infrator procurava a despachante para não pagar a multa. Ela cobrava uma taxa de 20% do valor da infração em que parte iria para para a quadrilha e parte iria para a chefe.
O diretor de fiscalização do Detran-SP, Juan Sanchez, disse que as multas vão voltar para o sistema do departamento e que os infratores passarão por “aborrecimentos”, já que haverá um bloqueio no sistema que vai impedir, por exemplo, do veículo circular, ser licenciado ou vendido.
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